Friday, October 17, 2008

A casa caiu!

Milênios depois, cá estou neu postando novamente pra contar a vcs que a casa caiu! Não, não. Não é uma força de expressão, estou falando no sentido literal: a casa caiu! E foi a casa onde eu moro.

Muitas pessoas já estão sabendo, mas vamos lá: começaram a construir um prédio ao lado da casa onde moro e não fizeram um muro de contenção na casa que por ser uma construção antiga necessitava disso. Resultado, voltando pra casa depois do trabalho no horário do almoço, encontrei mais da metade da garagem e um cômodo no chão. Sabe quando vemos na tv aqueles desmoronamentos que acontecem principalmente em morros nas éspocas de chuva? Pois é... foi desse jeito. Desmoronou uma parte da casa. Graças a Deus ninguém estava na garagem, nem nesse cômodo na hora do desastre.

A defesa civil condenou a casa e começamos então uma corrida contra o tempo pra arrumar um local pra ficar. Passamos a primeira noite na casa da minha irmã e a segunda na casa da outra irmã. Nessa segunda noite eu dormi na casa de um casal de amigos que amo muito (Clívia e Flan) pq não cabia todos nós na casa da minha irmã. 

A construtura arrumou no 3º dia uma casa para morarmos provisoriamente por um mês até eles consertarem a cagada que fizeram. Fizemos a mudança às pressas levando o necessário pq não tinha como levar tudo.

Estamos nessa casa provisória. As reformas na casa antiga estão quase terminando e logo poderemos voltar.

Engraçado que em meio a tudo isso tanta coisa passou pela minha cabeça. É uma mudança muito brusca e inesperada e a forma como lidamos com esses momentos fazem toda a diferença. Claro que eu não gostei de ter uma parte da casa onde moro derrubada, mas se eu não olhar para isso como uma possibilidade de mudança, vou ficar lamentando para o resto da vida o acontecido. Óbvio também que meu pensamento é esse pelo fato de ninguém ter se machucado, somente por isso eu fui capaz de enxergar a situação como uma chance de mudar. 

Comentei com minha mãe que a melhor coisa de tudo isso é você ser OBRIGADO a rever seus pertences e a guardar somente o essencial. Quando que eu iria parar o ritmo da minha vida para dar uma limpeza geral nas minhas coisas guardadas ao longo de 11 anos morando naquela casa??? NUNCA! Pq nunca achamos que é essencial jogar rever tudo e jogar fora o que não nos serve mais. Essa parte foi a que mais gostei (por incrível que pareça). Em questão de minutos juntei sacolas e mais sacolas de coisas que não precisavam estar guardadas e joguei tudo no lixo. Livros, cadernos, apostilas, papéis e mais papéis.... que talvez ficariam guardados por mais anos e anos até eu ter coragem e tempos de parar tudo para fazer essa tarefa.

E foi aí que percebi quanta coisa inútil guardamos, pensando que um dia ela poderá voltar a ser útil. Quanto lixo ajuntamos por não praticar o desapego com coisas bobas e simples. 

Confesso que me sinto até mais leve pelas coisas das quais me desfiz. Dá uma sensação de alívio...
E de agora em diante eu vou procurar manter as coisas organizadas, e não guardar coisas inúteis (que já foram úteis um dia, mas não são mais...).

Peço desculpas pela pressa com que escrevi o texto. Acho que é perceptível na narrativa, mas é que ainda tenho muitas coisas pra arrumar, muita coisa pra limpar,  e principalmente muita coisa pra colocar no lugar.

5 comments:

Iana Coimbra said...

Gabi, em primeiro lugar adorei te ver no casamento do Diogo. Foi legal mesmo! Pena que tive que cumprimentar o mundo e acabei indo embora depois. Foi pouquinho, mas foi muito bom! Adorei também seu comentário no blog do Bressane! Obrigada!

Menina, fiquei chocada com o lance da casa. Imaginei o susto que vcs passaram. Espero que tudo se resolva rapidinho.

Beijão.

Land of Marcelo said...

Gabi de Deus! Que viagem! é bm ver seu bom humor mesmo no meio dessa tragedia digna de Plantão Urgente do MGTV (ainda existe isso?)... hahahaha. Gostei da idéia de se livrar das tralhas que a gente vai juntando (eu sou um juntador nato).

D. Mattientti said...

Bom é a gente pensar como caramujo, que carrega a casa nas costas. Não sei se vc sofre com isso, mas, de moto, eu carrego até a pia da cozinha na mochila. Necessidade? Não sei. Tenho retraído a quantidade de coisas, geralmente alterando a mídia: as fotos são digitalizadas, os filmes em VHS passam para dvd, os papéis e livros para arquivos pdf. Acho que os velhos hábitos podem mudar, mas demoram. Tomara que minha casa não caia prá eu aprender, pq meu apê é encima da garagem, em pilotis... isso quer dizer que a casa cai e eu tb, encima (ou embaixo) dela...

Acho que é pensar no seu trampolim... não demora prá sair a SUA própria casa (e não a dos seus pais), né, Motoca?

Já tô me convidando prá inauguração... rs

bjos

Anonymous said...

Eu acho que a cousa vem da época da colonização. Os purrtgueises aportaram em nossas praias de nudismo e rapidinho começou o troca-troca. Além disso que você está pensando, foi um tal de pedra pra cá, espelhindo pra cá, madeira em troca de guizo, um legítimo carnaval. Parecia piada ou programa do 'Seu Sílvio". Quer trocar uma floresta de pau brasil por um abridor de latas???? SIIIIIIIM

PS: PEDAÇO DE POST NOVO! CRÊ? Vá lá conferir! claraboia.zip.net

Beijo, Gabs!

Gabi said...

Ei pessoas obrigada por todos os coments.

Iana, já tá quase tudo resolvido =)

Marcelão essa cena é super de plantão MGTV! huahuahuau eu procuro sim manter o bom humor, ainda mais q ninguém se machucou (q é o principal).

Quem sabe, né D.? Pode ser uma boa idéia, hehehehe

bjusssssss